Se você vive nesse planeta, então provavelmente já deve ter se esbarrado com algum unicórnio por aí. Eles estão na moda e aparecem em tudo quanto é lugar, das festas de aniversário à decoração de casas, passando pelas roupas de crianças e adultos. Mas, afinal, o que é um unicórnio?
Com aparência semelhante a de um cavalo, o unicórnio se diferencia pela presença de um chifre na testa, dessa característica vem, inclusive, o seu nome, derivado do latim unicornis, que siginifica uni(um) córnio(chifre), ou numa tradução literal ‘único chifre” ou “um só chifre”.
Esse ser mitológico tem origem na era medieval e costuma ser descrito como um animal de extrema beleza, doçura e pureza, contudo, apesar da aparente fragilidade o unicórnio é um ser indomável. Conta a lenda que apenas uma donzela virgem é capaz de domá-lo.
Outra característica desse ser mágico é que ele consegue transformar tudo o que é impuro em algo novo, cheio de vida, brilho e luz. A lenda conta também que os unicórnios se alimentam de nuvens do entardecer e raios de sol, únicos elementos puros o suficiente que o animal poderia ingerir.
Na literatura recente, o personagem Voldemort, da saga Harry Potter escrito por J.K. Rowling, precisa beber o sangue de um unicórnio para manter-se vivo.
Unicórnio nas redes sociais
A popularização do unicórnio, no entanto, começou nas redes sociais em meados de 2011 com o movimento Seapunk. Na época, os seguidores de redes como o Tumblr começaram a postar imagens e desenhos de seres mitológicos, em sua maioria de origem marinha, como sereias e golfinhos, mas nesse meio vieram também os unicórnios.
Não demorou muito para que várias celebridades passassem a adotar a criatura mágica em seus perfis e o que se segue daí em diante você já sabe: os unicórnios saíram do mundo virtual para o mundo real. No Brasil, por exemplo, a apresentadora Ana Maria Braga virou meme após aparecer vestida de unicórnio.
Unicórnio no movimento LGBT
O unicórnio também virou marca registrada do movimento LGBT, principalmente nas redes sociais. A lenda conta que o unicórnio é um ser assexuado, ou seja, sem sexo definido. Essa parte da história passou a ser usada para dar apoio aos transexuais e bissexuais, com o lema “Eu sou um unicórnio”.
O termo unicórnio também passou a ser usado por aqueles que não desejam se enquadrar dentro de um gênero especifico, retratando-se a si mesmos como unicórnios. Ou seja, o ser mágico passou também a ser usado como uma espécie de gíria dentro dos movimentos de apoio a causa LGBT.
Curiosidades sobre a existência – ou não – de unicórnios
Apesar de ser um animal descrito na mitologia medieval, o unicórnio aparece bem antes disso na história da humanidade. Alguns relatos sugerem que o unicórnio tenha se originado de um animal pré-histórico já extinto, o Elasmosterio.
Em 1663, na Alemanha, foi encontrada a ossada de um animal com um único chifre na testa. Cerca de 100 anos depois, próximo da mesma caverna, uma nova ossada foi encontrada, mas os cientistas não puderam afirmar se o animal encontrado era, de fato, um unicórnio.