Manicômio é o nome dado ao estabelecimento ou hospital psiquiátrico especializado em tratar pessoas com problemas psicológicos ou mentais. Também pode ser conhecido ou identificado pelo nome de hospício. A palavra manicômio tem origem do termo em latim mania, que pode significar “loucura”, “estado de furor” ou “estar com raiva” e surgiu a partir do século XIX para designar especificamente o atual hospital psiquiátrico, com a função de dar atendimento médico e suporte para seus pacientes.
São vários os níveis de doenças mentais que podem levar um paciente a ser internado no manicômio. Em geral as patologias mais severas acabam necessitando desse tipo de internamento. Os tratamentos no manicômio em geral constam em afastar o paciente de seu círculo social e geralmente se encontram sozinhas nos quartos.
Manicômios no passado x atualmente
Os manicômios eram amplamente criticados pelo modo como funcionavam, principalmente o modo como os pacientes eram tratados. Inclusive, em 2001, aconteceu a Reforma Psiquiátrica, que garante os direitos das pessoas que sofrem com problemas psiquiátricos. A Lei indica uma direção para a assistência psiquiátrica e até regulamente internações involuntárias, tudo de acordo com pressupostos técnicos e éticos.
A Reforma Psiquiátrica baniu o termo manicômio, que passou a ser oficialmente Hospital Psiquiátrico ou Centro Clínico de Psiquiatria. De acordo com as novas diretrizes na maneira de tratar os pacientes.
Historicamente era comum tirar do convívio social pessoas que apresentavam sinais de problemas mentais. Na Europa os primeiros manicômios, que na época eram chamados de hospícios, datam do século XV. E nos séculos seguintes essas instituições se espalham por todo o continente, porém com um tratamento desumano – era considerado pior do que o recebido em prisões da época.
Um dos primeiros médicos a mudar a realidade dos pacientes psiquiátricos foi Philippe Pinel. Ele era residente em um dos grandes manicômios da França e foi um dos primeiros médicos a realizar um tratamento humanizado com seus pacientes. Utilizando como base a observação e análise sistemática dos fenômenos que eram perceptíveis nas doenças mentais. Até definiu três possíveis causas, o que na época era algo totalmente inédito.
Atualmente o funcionamento dos hospitais psiquiátricos é muito diferente. No Brasil, por exemplo, desde a implementação da Lei antimanicomial de 2001, os hospitais psiquiátricos vêm sendo substituídos por Centros de Atenção Psicossocial (CAPs). Os pacientes não ficam internados por tempo indeterminado e também não são isolados. Eles recebem atendimento humanizado com equipes multidisciplinares com médicos, enfermeiros e psicólogos. Em casos mais graves podem ser levados para os hospitais psiquiátricos para atendimento diferenciado.