Kamikaze é uma palavra em japonês que pode ser traduzida como “vento divino” ou “vento providencial”. O termo tornou-se popular por ter sido utilizado para dar nome a um grupo de pilotos de aviões japonese durante a Segunda Guerra Mundial.
Os pilotos kamikaze
O primeiro ataque de um kamikaze durante a Segunda Guerra Mundial ocorreu em outubro de 1944. Esse grupo especial de “pilotos suicida” tinha como objetivo destruir navios de guerra dos inimigos durante a guerra. Porém, para isso, os pilotos japoneses colidiam com os seus aviões contra os navios inimigos e, portanto, morriam no ataque.
Chamados de Taiatari Tokubetsu Kogekitai no Japão, o nome desse esquadrão de aviadores tem como significado literal “Grupo Especial de Ataques por Choque Corporal”. A estratégia de guerra dos kamikaze era controversa e, até hoje, levanta polêmica e muitas discussões.
Os ataques dos kamikaze foram majoritariamente contra navios porta-aviões norte-americanos. As explosões decorrentes dos ataques incapacitavam as embarcações e causavam a morte de centenas de soldados inimigos.
Os pilotos, ao levantarem voo, já sabiam que não voltariam para a terra vivos. Os kamikaze tinham como missão o sacrifício de alguns para algo que acreditavam ser um bem maior, no entanto, esse conceito não era totalmente aceito nem durante a guerra.
Motivações dos kamikaze
Cada aviador, sem dúvidas, tinha a sua própria razão para aceitar tornar-se parte dos kamikaze e trocar a sua vida por uma missão. Entretanto, a ideia inicial de uma estratégia de guerra como essa está diretamente relacionada à cultura e filosofia japonesas de um período muito anterior a 1944.
Já na época dos samurais, que teve início em 1603, os ideais de honra e de sério comprometimento com o sucesso de determinada missão já eram parte da filosofia dos guerreiros japoneses.
Assim, a cultura dos aviadores kamikaze era baseada no ideal de que a derrota para os norte-americanos e o fracasso na guerra era sinônimo de derrota e covardia. Portanto, para eles, seria melhor morrer em uma missão, do que perder a guerra e tornarem-se prisioneiros de guerra.